Conta a lenda que a serpente começou a perseguir o vaga-lume. Este fugia rápido, com medo da feroz predadora, e a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia, mas ela não desistia; dois dias, e nada. No terceiro dia, já cansado, o vaga-lume perguntou à serpente: “Posso lhe fazer três perguntas?” “Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar — disse a serpente. “Pertenço à sua cadeia alimentar?” “Não”.“Eu te fiz algum mal?”“Não”.“Então, por que você quer acabar comigo?”“Porque não suporto ver você brilhar!”
Andar na luz em uma sociedade que vive o seu próprio “apagão espiritual”, mas não se dá conta disso, certamente gerará críticas e perseguições. A lenda da serpente e do vaga-lume ilustra bem isso.O conceito de “brilhar” ou “andar na luz” foi utilizado por Jesus, quando se referiu a seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.14,16).O que Jesus estava dizendo, de fato, é que seus seguidores não teriam apenas de falar a verdade, mas vivê-la de modo concreto, sendo exemplos de retidão e amor, pois assim serviriam ao propósito similar da ação da luz no meio das trevas.Um pouco antes de dizer que devemos ser luz, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo: quem me segue não andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12). Ou seja, não temos luz própria, apenas refletimos a luz que Dele emana, tal como a lua reflete a luz do sol.Jesus é a verdadeira luz. Como está escrito: “Ali estava a Luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo” (Jo 1.9). Quando nasceu, Dele foi dito: “O povo que estava assentando em trevas, viu uma grande luz... na região e sombra da morte, a luz raiou” (Mt 4.16).A idéia subjacente ao conceito da luz impregna muitas áreas da vida. Quando a crítica empresta luz a uma obra artística ou literária, está se falando de esclarecimento, de elucidação. Quando falamos de luzes da fé, estamos nos referindo àquilo que esclarece, ilumina ou guia o espírito. Quando procuramos evidência, certeza e verdade sobre algo é porque sabemos que da discussão nasce a luz do conhecimento. Uma pessoa é dita de muita luz quando é sábia.Precisamos de luz, pois o mundo vive as trevas da turbulência: a sociedade está confusa diante de tanta violência, nossas cidades vivem um clima de guerra urbana não declarada, a polícia nem sempre é eficiente, a justiça é lenta, o caos campeia. Isso porque o mundo não anda na luz de Jesus, a única e verdadeira luz para alumiar as nações (Lc 2.32).Andar na luz é viver em comunhão com Deus, é praticar a verdade e o amor que Dele emanam. Não podemos dizer que estamos na luz se praticamos o mal. “Todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3.20-21)Fonte: Pr. Samuel Câmara (Assembléia de Deus - Belém)
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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